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Artigo - Lutero

ZERO HORA 24 de outubro de 2009 N° 16134

Fé em tempos de globalização, por Milton R. Medran Moreira*



“Parecemos tão livres e estamos tão encadeados...” Robert Browning


A liberdade de crença é uma das grandes conquistas da modernidade. Por longos mil anos, estivemos, no âmbito da cristandade, condenados a professar um único sistema de fé. Naquele 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero afixou na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg as 95 teses questionando alguns dogmas e práticas da Igreja de Roma. Seria o marco inicial da Reforma Protestante, graças à qual a cristandade do século 16 e seguintes se libertaria do jugo da crença única.


Desde então, têm-se multiplicado por todo o mundo as igrejas cristãs. Algo positivo. Mesmo preservados alguns dogmas fundamentais com os quais todas elas comungam, abriu-se o leque do pluralismo religioso, estimulando-se, teoricamente, a liberdade de pensamento. Mas, por históricas distorções sedimentadas na cristandade, fé, poder e dinheiro têm sido fatores difíceis de se dissociarem. Mesmo que, ao curso de toda a história das igrejas, espíritos de escol, fiéis à autêntica mensagem de Jesus de Nazaré, hajam combatido aquela espúria associação, o certo é que a proliferação das igrejas, notadamente nos últimos 50 anos, tem se orientado justamente por essa fórmula. É ela a própria garantia de seu êxito.


As bases a sustentar o modelo desse cristianismo de nosso século partem dos seguintes pressupostos: a fé é inquestionável, pois se funda na própria palavra de Deus; o poder emana diretamente da autoridade divina, a serviço da qual cada uma dessas igrejas afirma estar; o dinheiro empregado na “obra de Deus” retornará ao doador, multiplicado em bens de consumo, saúde, prosperidade e venturas no amor, benesses só concedidas aos crentes. Estes, por acréscimo, ainda obterão a salvação eterna.


O marketing empregado se afina com a economia de mercado, adotada por uma sociedade ainda movida por políticas excludentes, em que uns poucos são agraciados pelos bens da vida e muitos outros condenados à marginalidade. Enquanto esse modelo perdurar, as igrejas cultivadoras da teologia da prosperidade seguirão crescendo, à custa de vítimas incautas ou de espíritos atrasados, presos às malhas do egoísmo e da ignorância. A grande motivação para a adesão a esse sistema de fé é o apelo que se faz a um sonhado “upgrade” social e econômico.

Poderão se inscrever essas práticas nos modernos postulados da liberdade de crença? Com certeza não. Tampouco isso estaria nos planos do irrequieto monge que afixou suas teses na porta daquela igreja, há 492 anos. Trata-se, antes, de um verdadeiro estelionato da fé, astuciosamente engendrado, no seio da sociedade moderna e de suas garantias de liberdade de pensamento e crença. O modelo defrauda tanto os magnânimos projetos dos reformadores religiosos quanto os dos humanistas, livres-pensadores e laicos, que, no nascer da modernidade, ousaram contestar coisas como vendas de indulgências, autoritarismo e corrupção religiosa.
*Jornalista e advogado

MENSAGEIRO LUTERANO - OUTUBRO

Devido a greve dos correios o Mensageiro Luterano de Outubro ainda não chegou, mas pode ser lido aqui. Boa leitura!


REFORMA LUTERANA
31 de outubro de 1517

Outubro é um mês muito especial para todos os cristãos, principalmente para nós Luteranos. 31 de Outubro é o dia da Reforma Luterana. Então vamos saber mais sobre Lutero e o que ele fez. Vamos lá!
Martinho Lutero nasceu numa pequena cidade da Alemanha, chamada Eisleben, no dia 10 de novembro de 1483. Filho de João e Margareta. Lutero aos 18 anos entrou na Universidade de Erfurt para fazer Direito, assim como seu pai queria. Foi na biblioteca dessa universidade que Lutero viu a Bíblia pela primeira vez.
Lutero sempre achava que fazia coisas que Deus não gostava. Ele pensava que se tornasse monge e se dedicasse bastante a Deus, seria perdoado. Lutero então decidiu-se tornar monge, isso porque num dia chuvosso, um raio caiu bem perto dele e ele muito assustado prometeu que se ficasse bem, se tornaria um monge. Lutero então, entrou no convento. Em 1507 Lutero tornou-se monge.
Lutero acreditava que teria o perdão de Deus, se fizesse coisas boas. Lutero se punia, passando fome, frio, dormindo no chão… Mas mesmo assim não tinha encontrado a paz que tanto queria.
Aos 25 anos, Lutero foi convidado para ser professor da Universidade de Wittenberg. Era professor de Filosofia e Bíblia. Foi nesta universidade que ele recebeu o título de Doutor em Teologia. Com isso, Lutero estudava mais e mais a Bíblia, onde aprendeu que Deus ama e, por isso perdoa. Ele enviou o seu Filho Jesus para nos salvar. Enquanto isso, em Roma, na Itália, o papa Leão X queria terminar a Basílica de São Pedro. Para isso, autorizou os padres a venderem indulgências (perdão dos pecados). O que mais se dedicou a vender indulgências foi Tetzel, ele fazia promessas absurdas.
Nessa época Lutero já sabia que as pessoas não precisavam se torturar e, muito menos, pagar para receber o perdão de Deus. Por isso, Lutero colocou no dia 31 de outubro de 1517, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, uma lista de 95 teses sobre como Deus oferece o perdão as pessoas. Em duas semanas toda a Alemanha já sabia das 95 teses. Lutero foi pressionado a se retratar, mas ele dizia que se alguém mostrasse com a Bíblia que ele estava errado, ele voltaria a trás. Não conseguiram! Então no ano de 1520, ele foi excomungado pelo Papa. A história não termina por aqui. Lutero lutou até o fim de sua vida para que nós hoje tivéssemos acesso a Palavra de Deus e conhecimento do perdão que Deus nos oferece gratuitamente.
Só temos que agradecer a Deus por ter despertado Lutero. Reforma é tempo de pensar na graça de Deus. 492 anos se passaram e a verdade continua em nosso meio. Demos graças a Deus por isso.
Um forte abraço à todos!
Pr. Reginaldo Veloso Jacob

CINCO MANEIRAS DE AFASTAR
SEU FILHO DA IGREJA
PRIMEIRA:
Diante das menores dificuldades, tais como indisposição, chuva, frio, cansaço, não vá aos cultos nem Estudos Bíblicos. Com isso, seu filho vai crescer com a idéia de que participar das atividades da igreja não é assim tão necessário. "E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quando vedes que se vai aproximando aquele dia" (Hb 10.24-25).
SEGUNDA:
Quando estiver à mesa ou em reuniões da família, faça críticas ou comentários negativos sobre as orientações do pastor e de outros líderes da igreja. Assim, seu filho vai crescer não tendo respeito por eles, nem dando crédito aos seus ensinos. "Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós" (1Ts 5.12-13).
TERCEIRA:
Cuide para que seu filho cresça num lar que não seja diferente de qualquer outro. Afinal, que valor há em aplicar os princípios da palavra de Deus a todos os aspectos da vida familiar? "E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te" (Dt 6.6-7).
QUARTA:
Gaste diante da televisão todo o tempo que passa em casa, em vez de separar parte dele para a leitura da Bíblia e oração. Basta apenas orar na hora das refeições. Com certeza, seu filho aprenderá que oração e estudo da palavra de Deus não são coisas importantes para a vida do crente. "E o terá consigo (o livro da lei), e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, e a guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, a fim de os cumprir" (Dt 17.19).
QUINTA:
Comente à vontade e sem misericórdia a vida dos demais membros da igreja e de outras pessoas. Depois, aos encontrá-los, não deixe de cumprimentá-los com um forte abraço e um largo sorriso. Com isso, seu filho terá a impressão de que a vida cristã é pura hipocrisia e desejará seguir o mesmo caminho. "Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas moderados, mostrando toda a mansidão para com todos os homens" (Tt 3.2).
FAÇA ISTO:
Incentive seu filho a ser um cristão verdadeiro e a ter compromisso com Deus e com a igreja. Seja um exemplo para o seu filho. Transmita a seu filho os valores da palavra de Deus. Faça o possível para que ele seja feliz e cumpridor dos seus deveres como cristão e como cidadão.

"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele" (Pv 22.6).


Autor: Oliveira de Araújo
Como integrar uma criança na igreja?

1. Faça da Igreja um lugar especial: vá constantemente e com alegria, não apenas pressionado ou em ocasiões festivas.
2. Seja leal aos compromissos com a Igreja em relação ao tornar-se membro dela: aluno da Escola Dominical, participante dos cultos e demais atividades, contribuinte com sua oferta.
3. Não mande seu filho à Igreja: dê o exemplo e vá com ele.
4. Em casa, não relaxe o culto doméstico: habitue-se a orar antes das refeições; leia com ele a Bíblia; reserve tempo para cultivar nele os valores espirituais.
5. Leve-o às atividades semanais da Igreja.
6. Não critique a Igreja, para que ele venha a acreditar nela.
7. Dê testemunho da sua fé, para que ele perceba a diferença entre o lar cristão e a família mundana.
8. Decididamente, eduque-o no caminho em que deve andar, antes que os donos de outras filosofias o façam.
9. Transmita-lhes sua fé desde cedo - a Bíblia lhe entrega esta responsabilidade.
10. Prepare-se, então, para uma vida de alegrias, colhendo o que você plantou.
Outubro é o mês das crianças! Não se preocupe em dar apenas presentes para as crianças, dê à elas o principal e mais importante; JESUS.

Aniversariantes de Outubro
01 – Isadora Furtado Pautz
07 – Jéssica Santana Borchadt
10 – Kleyff-Anne Aparecida Silva
20 – Letícia Langkammer Murta
27 – Maria da Conceição F. Silva
29 – Rian Julio Ferreira Amorim
31 – Pr. Reginaldo Veloso Jacob


Aniversário de Casamento
16/10/1999 – Messias Garcia & Karoline Frossard P. Torezani Garcia

Significado da Rosa de Lutero


A Rosa de Lutero (também conhecida como Selo ou Brasão de Lutero) é o símbolo mais conhecido do Luteranismo. Ele sintetiza a fé cristã de uma forma simples e completa. O próprio reformador Martinho Lutero supervisionou a sua criação. Ele explicou o seu significado da seguinte:
"Graça e paz por parte do Senhor. Como você deseja saber se o selo pintado, que você me enviou, acertou o alvo, devo responder de forma amigável e lhe dizer sobre meus pensamentos e razões originais porque meu selo é um símbolo da minha teologia. Primeiro, deve haver uma cruz preta dentro de um coração – o qual retém a sua cor natural – para que eu seja lembrado que a fé no Crucificado nos salva. Pois quem crê de coração será justificado (Romanos 10.10). Embora seja uma cruz preta, que mortifica e que também deve causar dor, ela deixa o coração em sua cor natural. Ela não corrompe a natureza, isto, ela não mata, mas mantém vivo. "O justo viverá por fé" (Romanos 1.17), mas pela fé no Crucificado.Tal coração deve estar no meio de uma rosa branca, para mostrar que a fé dá alegria, conforto e paz. Em outras palavras, ela coloca o crente em uma rosa branca, de alegria, pois esta fé não dá paz e alegria como o mundo dá (João 14.27). É por isso que a rosa deve ser branca, e não vermelha, pois o branco é a cor dos espíritos e dos anjos (conforme Mateus 28.3; João 20.12).Tal rosa deve estar numa área de azul celeste, simbolizando que tal alegria em espírito e fé é o começo da futura alegria celestial, que já começa, mas é obtida em esperança, pois ainda não é revelada.Ao redor dessa área está um círculo dourado, simbolizando que tal bênção no céu dura para sempre; é sem fim. Tal bênção vai além de toda a alegria e bens, assim como o ouro é o melhor metal, o mais valioso e precioso.
Este é o meu compendium theoligae [o sumário da teologia]..."Essa explicação aparece em uma carta de Lutero enviada a Lazarus Spengler, datada de 8 de julho de 1530. Ela aparece em diversas fontes, como na Edição Weimar das Obras de Lutero (Briefe Vol. 5:444f) e na edição inglesa das obras de Lutero (Luther's Works: American Edition, Vol. 49:356-359).