Neste mês lembramos o dia das crianças e principalmente o dia da Reforma Protestante. Diante da versatilidade de Lutero, é possível abordar os dois assuntos juntos. Vejamos!
Lutero disse diversas vezes que o melhor lugar para a educação cristã de um jovem ou de uma criança é o lar, a família.
Lutero dizia que ninguém deveria se tornar um pai, a menos que fosse capaz de instruir os filhos nos Dez Mandamentos e no evangelho, e assim torná-los cristãos. As crianças deveriam ser trazidas no temor de Deus, pois se o reino de Deus é para vir em poder, então deve-se iniciar a ensinar as crianças desde o berço.
Considerava a educação religiosa dos filhos o primeiro dever dos pais. Deveria sobrepujar o interesse em prover-Ihes bens materiais e condições de adquirirem riquezas. As crianças deveriam ser instruídas em todas as coisas que pertencem a Deus. Deveriam ser ensinadas a conhecer o Senhor Jesus, e constantemente relembrar como ele sofreu por nós, o que ele fez e o que ele prometeu. Para fundamentar esta sua insistência com os pais, mostrava-lhes que no Antigo Testamento os filhos de Israel receberam a ordem de relatar aos seus filhos e sucessores os milagres que Deus havia feito a favor de seus pais no Egito e no decorrer da história. E acrescentava que quando as crianças têm esse conhecimento acerca de Cristo e de sua obra, e no entanto, não aprendem a amar e adorar a Deus, e a seguir Jesus Cristo, o punimento de Deus deveria ser colocado diante deles - seu terrível julgamento e ira. Pois se a pessoa aprende de jovem a reconhecer os benefícios de Deus, amá-lo, a temê-lo, e do mesmo modo o punimento e as ameaças de Deus, ele não esquecerá isto mesmo quando for velho. E Deus será honrado por eles o amarem como um Pai por causa de suas bênçãos, e o temerem como um juiz por causa de seu punimento.
O principal instrumento para esta instrução religiosa que os pais deveriam dar aos filhos é o Catecismo Menor. Suas partes principais, os Dez Mandamentos, o Credo Apostólico e a Ceia do Senhor, são artigos de fé e obediência que os pais deveriam cuidar que seus filhos aprendessem totalmente. E também seus servos. Deveria o chefe de família examiná-los, filhos e empregados, ao final de cada semana, para ver se estavam bem familiarizados com seu conteúdo. Chega a dizer que as crianças o deveriam recitar diariamente, na hora de levantar, ao se assentarem à mesa e ao se deitarem para repousar. E que não se lhes desse comida ou bebida na hora da refeição enquanto não o soubessem.
Todavia Lutero reconheceu que uma severidade demasiadamente rigorosa prejudicaria o propósito educacional cristão. O aprendizado, portanto, deveria ser feito um prazer para a criança. Os pais deveriam adaptar-se ao modo de ser e falar dos filhos, e participar de seus brinquedos e jogos, e em meio a isso mostrar-lhes a vontade de Deus. Desejava que o lar fosse um lugar de extremo deleite. Mas que em todos os momentos, tanto na alegria quanto na tristeza, a providência de Deus fosse reconhecida.
A formação do caráter dos filhos deveria ser baseada em um sentido de responsabilidade e obrigação pessoal para com Deus. E que toda a sua vida fosse dirigida para o cumprimento dos mandamentos divinos em todas as suas relações. Os filhos deveriam ver nos pais o exemplo de uma vida cristã justa em todas as coisas.
Lutero considerava e alertava aos pais sobre isso, que se eles negligenciassem a educação cristã dos filhos - o que acontecia naqueles dias, e ainda ocorre hoje - trariam sobre si grande culpa. Disse que nada pode mais facilmente fazer merecer o inferno do que a instrução imprópria dos próprios filhos. Há uma passagem do Catecismo Maior que ilustra muito bem isso:
"Considera agora que dano mortal perpetras quando negligencias nesse respeito e faltas ao dever de educar o teu filho de maneira útil e para salvação. Além disso te oneras de todo o pecado e da ira, e destarte ganhas o inferno em teus próprios filhos, ainda que no mais fosses piedoso e santo. É porque se despreza isso que Deus castiga o mundo de forma tão aterradora, que não temos .disciplina, nem direção, nem paz. E, aliás, todos lastimamos esse estado de coisas, mas não vemos que nós mesmos somos os culpados; porque do modo como os criamos, temos filhos e súditos estragados e desobedientes".
Lutero considerava o ensino religioso uma incumbência dada por Deus aos pais e a sua negligência se constituiria num grave atentado à função paterna.
Pense nestas palavras! Estão carregadas de verdades. Compare a educação atual, com a que Lutero propõe!
Forte abraço!
Lutero disse diversas vezes que o melhor lugar para a educação cristã de um jovem ou de uma criança é o lar, a família.
Lutero dizia que ninguém deveria se tornar um pai, a menos que fosse capaz de instruir os filhos nos Dez Mandamentos e no evangelho, e assim torná-los cristãos. As crianças deveriam ser trazidas no temor de Deus, pois se o reino de Deus é para vir em poder, então deve-se iniciar a ensinar as crianças desde o berço.
Considerava a educação religiosa dos filhos o primeiro dever dos pais. Deveria sobrepujar o interesse em prover-Ihes bens materiais e condições de adquirirem riquezas. As crianças deveriam ser instruídas em todas as coisas que pertencem a Deus. Deveriam ser ensinadas a conhecer o Senhor Jesus, e constantemente relembrar como ele sofreu por nós, o que ele fez e o que ele prometeu. Para fundamentar esta sua insistência com os pais, mostrava-lhes que no Antigo Testamento os filhos de Israel receberam a ordem de relatar aos seus filhos e sucessores os milagres que Deus havia feito a favor de seus pais no Egito e no decorrer da história. E acrescentava que quando as crianças têm esse conhecimento acerca de Cristo e de sua obra, e no entanto, não aprendem a amar e adorar a Deus, e a seguir Jesus Cristo, o punimento de Deus deveria ser colocado diante deles - seu terrível julgamento e ira. Pois se a pessoa aprende de jovem a reconhecer os benefícios de Deus, amá-lo, a temê-lo, e do mesmo modo o punimento e as ameaças de Deus, ele não esquecerá isto mesmo quando for velho. E Deus será honrado por eles o amarem como um Pai por causa de suas bênçãos, e o temerem como um juiz por causa de seu punimento.
O principal instrumento para esta instrução religiosa que os pais deveriam dar aos filhos é o Catecismo Menor. Suas partes principais, os Dez Mandamentos, o Credo Apostólico e a Ceia do Senhor, são artigos de fé e obediência que os pais deveriam cuidar que seus filhos aprendessem totalmente. E também seus servos. Deveria o chefe de família examiná-los, filhos e empregados, ao final de cada semana, para ver se estavam bem familiarizados com seu conteúdo. Chega a dizer que as crianças o deveriam recitar diariamente, na hora de levantar, ao se assentarem à mesa e ao se deitarem para repousar. E que não se lhes desse comida ou bebida na hora da refeição enquanto não o soubessem.
Todavia Lutero reconheceu que uma severidade demasiadamente rigorosa prejudicaria o propósito educacional cristão. O aprendizado, portanto, deveria ser feito um prazer para a criança. Os pais deveriam adaptar-se ao modo de ser e falar dos filhos, e participar de seus brinquedos e jogos, e em meio a isso mostrar-lhes a vontade de Deus. Desejava que o lar fosse um lugar de extremo deleite. Mas que em todos os momentos, tanto na alegria quanto na tristeza, a providência de Deus fosse reconhecida.
A formação do caráter dos filhos deveria ser baseada em um sentido de responsabilidade e obrigação pessoal para com Deus. E que toda a sua vida fosse dirigida para o cumprimento dos mandamentos divinos em todas as suas relações. Os filhos deveriam ver nos pais o exemplo de uma vida cristã justa em todas as coisas.
Lutero considerava e alertava aos pais sobre isso, que se eles negligenciassem a educação cristã dos filhos - o que acontecia naqueles dias, e ainda ocorre hoje - trariam sobre si grande culpa. Disse que nada pode mais facilmente fazer merecer o inferno do que a instrução imprópria dos próprios filhos. Há uma passagem do Catecismo Maior que ilustra muito bem isso:
"Considera agora que dano mortal perpetras quando negligencias nesse respeito e faltas ao dever de educar o teu filho de maneira útil e para salvação. Além disso te oneras de todo o pecado e da ira, e destarte ganhas o inferno em teus próprios filhos, ainda que no mais fosses piedoso e santo. É porque se despreza isso que Deus castiga o mundo de forma tão aterradora, que não temos .disciplina, nem direção, nem paz. E, aliás, todos lastimamos esse estado de coisas, mas não vemos que nós mesmos somos os culpados; porque do modo como os criamos, temos filhos e súditos estragados e desobedientes".
Lutero considerava o ensino religioso uma incumbência dada por Deus aos pais e a sua negligência se constituiria num grave atentado à função paterna.
Pense nestas palavras! Estão carregadas de verdades. Compare a educação atual, com a que Lutero propõe!
Forte abraço!
Fonte: Lutero e a Educação
Organizador: Pr. Reginaldo Veloso Jacob
Organizador: Pr. Reginaldo Veloso Jacob